“Et veritas liberabit vos”
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Publicidade e crianças: sério, mesmo?

26/1/2013

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Está correndo por aí a notícia de que foi aprovado na Assembléia Legislativa de São Paulo projeto de lei que, literis, “proíbe a venda de alimentos acompanhados de brindes ou brinquedos de qualquer tipo no Estado de São Paulo”.
Sabe aquela coleção do McLanche Feliz, que seu filho está doidinho para completar? Pois é, a partir do dia em que essa lei vigorar, ele não conseguirá mais! Sabe aqueles brinquedinhos engraçadinhos, alguns até engenhosos, do Kinder Ovo, que criança fica mexendo, montando, até enjoar? Pois é, já era!
Então, a ALESP, com o apoio de uma dessas ONG fascistóides (nem lembro o nome agora), resolveu que você, pai, mãe pu responsável por uma criança, não tem discernimento para decidir o que é bom para a criança. Esses heróis morais decidiram que você, ignorante que é, é facilmente manipulável pela vontade de seus filhos, que escolhem comprar um produto só porque é bonitinho, colorido, vem com o brinquedo da personagem do momento nos desenhos animados. E mais: juntando os papéis de juiz, júri e carrasco, já decidiram que a culpa é da ganância capitalista irrefreável, que só quer ganhar dinheiro, às custas da alienação de pobres e inocentes crianças e da incompetência de seus pais em criá-las.
Corre nas redes sociais uma esperança, a de que o Governador vete a lei. Esquecem-se os pobres de que o tal é de um partido de esquerda, com tendências fascistas, portanto, e com crescente desejo de controlar a vida das pessoas em escalas cada vez mais amplas. Ou seja, não deve rolar o veto.
É isso. A cada dia, somos mais reféns de militâncias politicamente corretas, que buscam essas causas absurdas, tolhedoras da liberdade individual, em nome de impor à sociedade seus valores estúpidos. Se você acha que, realmente, é um exagero o ponto a que chegou a publicidade direcionada a crianças, não compre os produtos que fazem uso desse recurso. Faça sua parte com seus filhos. Mas deixe os outros pais ter a mesma possibilidade de escolha. Ou você não consegue conviver com um pai que ache que o brinde é até legalzinho e vale a pena ser comprado?
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Atentados à liberdade — e a população assiste… calada? (parte II)

28/9/2012

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Quando postei o texto com o mesmo título deste, um dos meus três leitores lembrou-me de mais um evento que chamou a atenção nesta semana: a tentativa do cômico Protógenes Queiroz de censurar o filme Ted, impedindo-o de ser transmitido em todos os cinemas do Brasil. A seguir, uma de muitas reportagens sobre o assunto que circulam na rede:
“Deputado quer proibir filme de ursinho viciado”

Vejam que o cara já começou errado. Ainda que qualquer classificação do Governo tenha tanta importância quanto a opinião de um, sei lá, ambientalista sobre o aquecimento global (ou seja, zero), é uma referência sobre o que aparece no filme. Se a classificação é 16 anos, pode-se esperar certo nível de violência explícita, alguma nudez leve (acima da cintura) e… tchã-tchã! drogas! Ou seja, o deputado, que é também policial federal (logo, tem um segundo fator limitador de inteligência), levou seu filho de 11 anos para assistir a um filme que foi classificado como “adequado” para maiores de 16 anos.
É óbvio que cada um tem o direito de assistir ao filme que quiser. Pais que não queiram que seus filhos assistam a filmes dirigidos a públicos mais velhos que os impeçam. Mas aqui o paizão levou o moleque para assistir ao filme, com a alegação de que “ele já é pré-adolescente” (insinuando que já teria maturidade para enfrentar um filme para adolescentes). Claro, ficou ofendido com o que viu, como pode, ursinho drogado, heróis da infância dele drogados, e vomitou toda essa babaquice politicamente correta.
A reação do deputado mostra claramente que ele não conhece o diretor do filme, Seth MacFarlane, que é o criador do desenho nada politicamente correto Family Guy. Qualquer um que já tenha visto um episódio que seja desse desenho sabe que respeito por valores tradicionais não é uma preocupação do MacFarlane. Logo, o filme do ursinho não deve ser um programa para pais tardicionais levar seus filhotes.
Ficasse a reação do Protógenes na indignação, na verborréia estúpida, beleza: é custo da liberdade de expressão ter de ouvir/ler algumas bobagens de quando em quando. O problema é quando o valentão resolveu que o filme “não poderia ser liberado nem para 16 nem para 18 anos; esse filme não pode ser liberado para idade nenhuma; não deve ser veiculado em cinemas”. Hmmmm… olha o fedor do autoritarismo, tão caro às polícias, querendo impor a censura à sociedade…
Nesse caso, todavia, a sociedade, felizmente, não se calou. Tão logo o infeliz postou seus comentários nas redes sociais, foi devidamente achincalhado, acabando por se arrepender depois. O que isso nos mostra? Que a população, tem, sim, a capacidade de resistir aos estapafúrdios ataques do Governo contra as liberdades individuais. As redes sociais, ainda que um tanto elitizadas, pelo acesso ainda limitado das pessoas à rede e às informações, são instrumento importante nesse sentido. Veja-se o burburinho que uma menina de 12 anos de Santa Catarina está aprontando na escola em que estuda porque resolveu denunciar as (óbvias) ineficiências do Estado. E ela já está sofrendo as conseqüências, com tentativas claras de restringi-la, de limitar sua liberdade de expressão, a qual está sendo usada na sua finalidade primeira: denunciar o Estado opressor sob o qual vivemos.
No fim, o que vai garantir nossa liberdade no convívio humano será, sempre, o mundo virtual. Este é, ainda, o único meio em que o Governo não consegue alcançar suas patas imundas. E é o meio que precisamos defender a todo custo.
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Efemérides VI: 8 de agosto, Dia Nacional de Controle do Colesterol

8/8/2012

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Nada como uma alimentação saudável e balanceada, né?
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Pensamento da Semana

7/8/2012

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Frase de um amigo do trabalho, quando “advertido” por sua filhinha de que ele estava se barbeando com a torneira aberta, e que ele “ia acabar com a água do mundo”. Vale lembrar que, para uma criança de 4-5 anos, o conceito de infinito é bem mais amplo, incluindo qualquer coisa maior que 100 ou 1 000, por exemplo…

“Filha, senta aqui. Presta atenção: é mentira! a água não vai acabar, a água é ‘infinita’. Então, você pode usar à vontade, certo?
“Agora, você tem de fechar a torneira porque a água custa dinheiro, e, se largar aberta o dia inteiro, a conta vem muito alta. Mas ela nunca acaba, ’tá?”

(Mauricio L. Tavares)
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Novo filme do Homem-aranha: pontos positivos e negativos; saldo: positivo!

10/7/2012

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Bom, o que vai aqui é o que os técnicos chamam de spoiler. Significa que eu vou contar que, no novo filme do Homem-aranha, Peter Parker ganha poderes pela picada de uma aranha (NÃO?!), o Tio Ben morre (OHHH!!!) e… bom, já conseguiu entender, né? Vamos lá.
O novo filme O Espetacular Homem-aranha voltou às origens, numa reconstrução do que a trilogia anterior fez. Vários pontos de melhora, em relação aos originais das HQ: a primeira namorada do Peter foi a Gwen; as teias nunca foram naturais; finalmente!, o aproveitamento do dr. Connors como Lagarto; um Homem-aranha mais “engraçadinho”, brincalhão com bandidos e policiais.
Alguns pontos de piora: não há Mary Jane (ela já era conhecida nas HQ desde o começo, junto com a Gwen, mas apenas amiga de Peter, via amiga da Tia May); o Lagarto não foi o primeiro inimigo enfrentado pelo Aranha; George Stacy não morre logo no começo (na verdade, Gwen morre bem antes, nas mãos do Duende Verde, como deve ser o enredo do segundo filme*).
Uma mudança que não considero nem melhora nem piora é a mudança da natureza da picada que origina nosso herói. Como já expus em texto anterior, os quadrinhos são influenciados pela época em que são produzidos. Em 1962, seria muito “da hora” ser picado por uma aranha irradiada; hoje, é moda ser picado por seres geneticamente modificados — oh, e que mal fazem, né?; vejam o ranço politicamente correto maculando um pouquinho o filme…
Não poderia, também, deixar de elogiar o senso meio anarquista representado pelo vigilante, em contraposição à incompetente e burramente teimosa polícia estatal. A discussão de Peter com o cap. Stacy à mesa é primorosa. E o capitão da NYPD dando ordens para capturar o pobre jovem mascarado (que “causa desarmonia” na ordem social) em vez do lagartão que todo mundo já viu na cidade, só não sobreviveu para tirar foto, reflete bem a capacidade que o Estado tem de prover a melhor segurança para a sociedade. Por mim, reveria o filme só para ter o gostinho da polícia estatal humilhada novamente.
De resto, muito boa produção, boas duas horas e meia de diversão. Assistam, vale a pena!

*Em tempo: Ah, não reclame! Se você não sabia disso, então dá tão pouca bola para quadrinhos que nem vai lembrar-se disso daqui a dois anos, quando for assistir ao filme; não fica nervosinho porque eu entreguei que “o Aquiles morre no fim de Tróia”!
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Há algo errado…

27/6/2012

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Tradução livre: “Alguma coisa não parece certa -- temos ar puro, água limpa, fazemos um monte de exercícios, tudo que comemos é orgânico e de criação extensiva; ainda assim, nunca vivemos mais que trinta anos.”
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    Cristão, economista, professor de Matemática e libertário. Isso basta.

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